domingo, 19 de dezembro de 2021

F*ck you, you hoe

“What a bitch!”

“Mom? What's going on?”, perguntou Asa surpreso com o ataque de raiva vindo da mãe tão de repente, enquanto os dois estavam na cozinha.

“Sorry, honey, it's just that I remembered what happened at the hospital and I got angry. That's it.”

“Ok.”

“She was such a bitch to me and I never did anything bad to her. On the contrary, I've always been very nice to her.”

“She's jealous of you, that's all.”

“I know, but even so... I mean, she doesn't have to like me, but she could at least be polite. Did you hear what she said? And this isn't the first time she's thrown her crap all over me.”

“Well, I guess it's the hormones, after all she just had a baby.”

“I had as many kids as she did and I didn't treat people badly when I was pregnant. And what is she jealous of? She has children, several, she’s married, has a good job, a company that is growing. What do I have that she doesn't have?”

“I don’t know.”

“You know, I'm just making an effort this Christmas because of you, son, ‘cause I know you'll be happier spending Christmas with your father and siblings. If it were up to me, I’d stay away from this woman as possible and these people I don't even know that well. You know what? From now on, our conversations will be just "Hello" and "Goodbye". There is no point in trying to maintain a cordial relationship with a snake.

“Fair enough.”

“Does she treat you well, sugar pie? Has she ever been a bitch to you?”

“No, never. Jessica has always been very good to me.”

“Good! But if she ever treats you badly, you let me know.”

“I doubt it will ever happen. She’s very loving... with me, not with you.”

“Knowing that makes me feel calmer and makes me still have a little respect for her. Her father could not have chosen a worse wife. What was he thinking?”, Antonella se perguntou, saindo da cozinha.

E por algum motivo que Asa não sabia explicar, ele se sentiu mal pela Jessica.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Sejam bem-vindos

O nascimento dos gêmeos tinha sid tranquilo, considerando sua última experiência. Primeiro veio Levi chorando alto, seus pulmõezinhos comprimindo e expandindo rapidamente enquanto via pela primeira vez o mundo. Três minutos depois veio o Theo, um pouco menorzinho que seu irmão, chorando tão alto quanto ele. A enfermeira aninhou os dois junto a Jessica e a ruiva cheia de lágrimas nos olhos beijou suas cabeças e agradeceu a Deus pela vida de seus dois meninos. 

Nos dias seguintes, a ruiva recebeu visitas diárias de Andrew e Bradley. Outras pessoas da sua família também visitavam, porém com menos frequência que os dois. 

Jessica se irritava com as infantilidades do marido. Ele estava dando valor a coisas frívolas ao invés de focar no nascimento de seus dois filhos. A ruiva não gostou do modo como ele estava se referindo aos gêmeos e o cúmulo foi o escutar mandando Emma para aquele lugar. 

Era tarde da noite quando a enfermeira levou os bebês para o quarto para a milésima rodada de mamadas. Ao terminar de alimentar os dois, ela ficou admirando seus meninos, cheirando suas cabecinhas e enroscando seu dedo nos dedinhos deles. Aqueles bebês eram seus pequenos milagres. 

A advogada estava imersa nos meninos quando a enfermeira entrou. 

"Vim buscar os bebês." A enfermeira disse ao entrar. 

"Tão rápido..." Jessica lamentou. "Você pode deixar eles aqui mais um pouquinho? Por favor?" 

A enfermeira ponderou por alguns segundos e acabou concordando. "Tudo bem. Mas só cinco minutos."

"Obrigada." Jessica sorriu e abaixou para beijar Levi que tentava pegar seu queixo. 

"Eles são umas gracinhas." A enfermeira falou, se aproximando dos três. 

"São mesmo." A ruiva concordou. 

"O pai deles é meio estressado, né?" 

"Um pouco." Jessica agora acariciava a barriguinha de Theo.

"Ele gostou de ter gêmeos?" 

"Não cheguei a perguntar. Acho que sim. São filhos dele, né? (pausa) Eu só queria que ele falasse dos meninos com o mesmo amor nos olhos de quando ele fala do outro filho dele."

"Aquele garoto com o olhão azul?" 

"Esse mesmo."

"Tem pais que são mais apegados aos filhos mais velhos mesmo."

"Eu sei. Eu tenho duas meninas além dos gêmeos. A primeira veio quando eu era bem novinha. Depois dela passei por uma série de abortos espontâneos antes de vir a minha segunda."

"Que pena!" 

"Duas das crianças eram meninos. Não consigo de deixar de ver meu Arthur e meu Miguel neles."

"A senhora acha que os filhos que a senhora perdeu reencarnaram nos gêmeos? Sabe, eu sou espírita, isso pode ter realmente acontecido. Já vi casos desses antes."

"Eu não acredito nessas coisas."

"Mas essas coisas são reais sim. Já vi casos da crianças se lembrarem da vida passada e saberem de informações sobre a outra pessoa que não deveriam saber, caso não fossem elas."

"Alguém deve ter contado. Ou pode ser essas histórias que alguém inventa e vai passando."

"Não foi não, dona. Vi com meus próprios olhos. Olha a hora. Vou ter que levar os bebês de volta."

"Tá bom." Jessica se despediu dos gêmeos e os entregou à enfermeira.