quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Novidade no blog


Por respeito ao diretor Bradley e o Sr. Takashiro, nós do blog resolvemos permitir somente a entrada na página dos alunos e professores. A partir de semana que vem, então, quando vocês entrarem em nossa página, vai ser pedido a matrícula e senha. Antigos discentes também podem frequentar o blog com a matrícula antiga. Confira abaixo como será a entrada:

Clique na imagem para vê-la em tamanho maior


Welcome to Happy Horse!


Asa, filho de Andrew, e Crystal, filha somente de sua ex-mulher, entraram hoje no Cavalinho Feliz. Quem os levou foi a mãe, mas antes de entrarem, Andrew deu uma palavrinha com os dois. Algumas pessoas viram a cena do professor agachado, meio ajoelhado falando com as crianças seriamente na porta da escola. Depois o inglês os levou a sala dos professores para apresentá-los aos seus colegas. Na hora do recreio, foi disfarçadamente ver o que eles estavam fazendo e se deu conta de que enquanto Crystal já estava se divertindo com seus novos amigos, Asa não estava em lugar nenhum. Quando foi perguntar ao diretor se ele o tinha visto, viu que o garoto estava ajudando Elizabeth a separar uma papelada:

- Trabalho escravo? 
- Sempre! - Sorriu Elizabeth
O professor chegou perto da Elizabeth e perguntou baixinho soando preocupado:
- O que aconteceu?
- Eu fui dar uma olhada nele e vi que ele tava comendo sozinho, aí perguntei onde estavam os amiguinhos dele e ele me respondeu que ainda não tinha conseguido fazer amizade. Foi aí que eu perguntei se ele podia me ajudar aqui pra que ele não ficasse sozinho.
- M****!
- Calma, Andrew! É só o primeiro dia. - Disse Elizabeth repousando a mão no ombro do inglês.
- Eles... perguntaram... sobre você... ape-penas. Eles não gostaram da respota... - Disse o garoto imaginando sobre o que se tratava o cochicho.
- Resposta.
- Right! Então pararam... de perguntar.
- E não falaram mais nada?
- Uma menina falou "Chato!"
- Quem? - Perguntou Andrew revoltado.
- Não importou. To de boa! - Disse o menino fazendo o sinal de certo com a mão.
- Viu Andrew?! - Falou Elizabeth se direcionando a Asa, colocando suas mãos no ombro do menino e sorrindo - Ele ta de boa!
- Claro! - Respondeu o professor seco - Vamos pra sala dos professores então, Asa.
- Ok! Tchau, Elizabeth! 
- Tchau, querido!
O Andrew se aproximou da Elizabeth e falou:
- Obrigado por ficar de olho nele, Lizzie!
- Sempre que precisar!
- Vamos?
O menino deu a mão para o pai e eles saíram da sala da Elizabeth.
- Ela é namorada? - Perguntou Asa.
- Elizabeth? - Indagou Andrew surpreso - Não! Por que você achou isso?
- Sua casa... Perfume de garota, você está feliz como... como... com a mamãe... antes.
- Perfume de mulher? Não, não, aquilo é um treco de cheiro pra casa, conhece? E sobre estar feliz, eu sempre fui feliz.
- Ok!
- Você não acreditou em mim, né?
- No!
- Bem, então ok! To saindo com alguém... Mas ela não é minha namorada e não é por isso que eu to "feliz". Na verdade eu nem to feliz, to normal. 
- Você gosta dela?
- Gosto de passar o tempo com ela sim, mas não to apaixonado.
- Ok!
- Não conta pra sua mãe, ta? Porque ela é muito fofoqueira.
- Sim! - Respondeu o garoto rindo.
E os dois entraram na sala dos professores.



segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Falta de sal


Confira abaixo a conversa de Carlisle e Dakota:

- Ei! Posso falar com você?
Carlisle assentiu a cabeça.
- Éééééééé... Nossa... - Dakota colocou a mão no coração - To nervosa!
- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou Carlisle preocupado.
- Mais ou menos! - Respondeu a morena olhando pra baixo e dando um sorriso nervoso - É que... Olha, não precisa ficar apreensivo que eu não vou dar em cima de você. Eu entendi que você não gosta de mim - Vendo a reação de Carlisle ela completou em seguida, tocando levemente e rapidamente o braço dele - E eu te entendo completamente, é o seu direito. É só que... - Dakota voltou a olhar pro chão - Bem... Minha pergunta pra você é como professor mesmo... É que eu não entendo o motivo dos caras não... não se interessarem por mim. Eu sei que eu sou sem graça e que eu não sou muito bonita comparada às outras meninas, mas eu tento compensar, sabe? E não é só você, são todos! Então, eu... Sei lá! Eu só to te perguntando pra ver se você tem alguma dica pra me dar ou alguma crítica sobre o que eu preciso mudar.
Carlisle surpreso e um pouco chocado ficou calado por alguns segundos, o que foi o suficiente para Dakota dizer:
- Quer saber? Foi uma péssima ideia! Não sei por que eu perguntei isso pra você. Desculpa!
Se preparando para sair, Carlisle a impediu segurando seu braço:
- Não, espera! - Dakota se virou pra ele - Olha, me desculpa pela minha reação! É que eu fiquei supreso, mas eu vou te responder. Sobre a pergunta que você me fez, você não precisa mudar em nada, sério mesmo. Você é incrível e tem um Q interessante que poucas garotas têm. Acho que só falta confiança em você pra perceber o quão ótima você é, de verdade, Dakota. Agora sobre a afirmação que você fez...
- Você não precisa falar.
- Não, não, eu quero falar! - Falou Carlisle decidido - Olha, eu... eu percebi as suas intenções sim, mas o único motivo pra eu não ter retribuído é que... Bem... - Carlisle disse sem graça - Sendo completamente sincero... Eu gostava de outra pessoa.
- Ah! - Dakota respondeu triste.
- Mas olha... - Carlisle fechou bem os olhos e abriu - Se isso não te incomodar, a gente pode sair.
- Por que você não sai com a pessoa que você gosta?
- Porque eu nunca ficaria com ela... - Vendo a cara confusa da Dakota, ele disse - É complicado! De qualquer forma, eu GOSTAVA. Pretérito.
- Você não precisa sair comigo por pena.
- Eu não sairia com alguém por pena. Eu não sou tão bonzinho... - Carlisle sorriu sem mostrar os dentes e Dakota retribuiu o sorriso.
- Então...
- É! Eu te mando uma mensagem marcando tudo.
- Legal! - Disse Dakota tentando esconder a animação - Então a gente se vê!
- Tchau!
Dakota saiu e Carlisle ficou pensantivo, até que se deu conta de algo e disse em voz alta:
- Droga! O blog!


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Capítulo 324: trégua


Margot estava na porta da casa de Sebastian falando com a governanta, quando o escocês chegou e falou revoltado:
- What are you doing here?
- Eu veio aqui pra devolver o livro.
- Ah... - Disse Sebastian mais calmo, mas ainda seco.
- Eu não quis aborrecer ninguém, então ia entregar para a housekeeper. - Falou Margot ainda segurando o livro.
- Pode ir, Sara. - Falou Sebastian se virando para a governanta que saiu e depois se dirigindo para Margot. - Pode me dar...
A loira deu o livro para o gato e se virou para ir embora, quando Sebastian a interrompeu segurando o braço dela:
- Pra que você queria o livro? - perguntou desconfiado.
- Eu? Hãããããã... Ué, queria pra... pra ler, ué.
- Você queria ler - Sebastian leu a capa do livro - "The guide to healthy mind"?
- Sim! Você mesma me chama de louca, ué. Eu quis, igual a música de Russo, endoidecer gente sã.
- Por que você ta falando português?
- Porque eu to aprendendo. Tenho que praticar.
- Não dá pra entender nada do que você diz e eu não comprei essa historinha, mas vou deixar pra lá.
- Eu não devo explicação pra você, porque eu peguei esse livro com o seu pai!
- Meu pai tava esperando que você viesse devolver pra ele. Disse que queria falar com você quando viesse com o livro...
- Really? Quer dizer, sério? - Perguntou Margot nervosa, mas depois recuperando a compostura tentando parecer calma.
- Aconteceu alguma coisa entre vocês?
- Como assim alguma coisa entre nós dois? Ele é seu pai, seu louco! - Respondeu a loira rapidamente e ofendida.
- Não quis dizer desse jeito! - Retrucou Sebastian irritado. - Só não entendi o que ele quer falar com você.
- E eu que vou saber? - Falou Margot se virando de novo pra sair.
- Antes de você sair, tem mais uma coisa que eu quero te perguntar.
- Não vai ser sob...
- Por que você beijou a Kimberley?
- Eu beijei ela? Eu? Ela que me beijou.
- Claro, você disse coisas bonitas pra ela. Isso é o movimento clássico pra dar em cima da Kimberley.
- Eu não sei qual é o movimento clássico pra beijar ela. Eu só disse aquilo porque... Porque ela é bonita. Eu acho ela bonita.
- Então você foi pra casa dela do nada pra dizer que ela é bonita?
- Eu fui pra casa de muita gente naquele dia. E eu também tava bêbada, aí eu elogiei ela, porque ela é muito bonita e ela me beijou, porque eu também dou pra... pra... pra... - Sebastian ia falar uma coisa, mas Margot levantou o dedo e continuou - Peraí, não me interrompa que eu to lembrando. Pra... Eu dou pra... gastar. Dou pra gastar!
- Dá pro gasto?
- Isso! Dou pro gasto. - Falou Margot orgulhosa dela mesma.
- E isso não foi pra me atacar?
- Not everything revolves around you, Seb. - Cantarolou a loira
- I'm pretty sure that going to my ex's house, saying she's pretty and kissing her has to do with me.
- I did NOT kiss her, she kissed me. I just let her finish what we had already started. Oh, and for the record, now I understand you, she's a really good kisser.
Sebastian fechou os olhos com raiva.
- I'm teasing you! - Margot empurrou levemente Seb - Jesus, Sebastian... - Disse revirando os olhos. - Anyway, it wasn't a big deal! Nothing else has happened since that day.
- Obrigado pelo livro. - Disse Sebastian seco, esperando ela ir embora.
- Olhe para o Sebastian, entenda como um dia você gostou dele e falhe. Eu nem sei por que eu me expliquei pra você. Posso fazer o que eu quiser. Não preciso da sua permissão.
- Só não mexa com a cabeça das pessoas por vingança idiota!
- Vingança idiota? Eu não preciso beijar a Kimberley pra me vingar de você, coisa que pensando bem, eu nem fiz. Você que tem problemas! Se a garota é lésbica, qual é o problema?
- O problema é que ela não é! Simplesmente não é! Vocês que ficam mexendo na cabeça dela.
- Se ela não é, ela não é e acabou. Você não precisa ficar nervoso, agora se ela é, ela é e tanto faz. Não ta fazendo mal a ninguém.
- Ta, mas ela não é.
- Ta bom, ela não é!
- Até porque se ela for, você também é... - Sebastian falou com um sorrisinho no rosto.
Margot cerrou os olhos e disse se aproximando mais dele:
- Você quer seguir por esse caminho?
- Não sei, você quer?
- Eu não sei se outros teriam a mesma leitura que você. A minha, por exemplo, é completamente diferente da sua.
- Ah é?
- E acredite, Seb, as pessoas vão ver da mesma maneira que eu - Disse ela ajeitando o colarinho de Sebastian e depois parando para prosseguir - mas se você quiser brincar disso, tudo bem. Também tenho umas armas. To doida pra usar.
- Melhor ler o livro de novo.
- Não! Acho que você ta precisando mais do que eu no momento. - Ela deu um beijo na bochecha dele e foi saindo.
- Não me liga! - gritou Sebastian.
- Seb, eu to com um negão de tirar o chapéu! - Gritou Margot de volta e de costas arriscando uma sambadinha. - E você me bloqueou! Lembra? - Falou ela ainda andando, mas se virando para Sebastian.
- Eu vou desbloquear.
Ela sorriu e foi embora.