quarta-feira, 10 de junho de 2020

A primeira e última vez

A professora de biologia de Jessica passou um trabalho valendo ponto sobre o sistema digestivo. A mãe da ruiva permitiu que a pequena fosse para a biblioteca depois do almoço rapidamente e voltasse antes da janta.

Jessica colocou a mochila nas costas e seguiu em direção à biblioteca.
Ao chegar no local de destino, a senhora da recepção indicou com o dedo onde ficava a seção de biologia. Jessica não sabia por onde começar a procurar e levou uma vida para achar um livro que servisse para a sua pesquisa. Ela pegou o livro pesado demais para uma criança da sua estatura (ela mais parecia uma criança de 9 anos do que de 11) e levou para a grande mesa de madeira. Ela jogou o livro na mesa e a mochila ao lado. Depois tirou o caderno e o estojo de dentro da mochila e começou a escrever o trabalho.

A ruiva notou um grande livro largado próximo às suas coisas. A pequena puxou ele para si e o abriu. Ela começou a folheá-lo e conforme as páginas iam mudando, imagens indecentes começaram a surgir. Era cada uma pior que a outra e todas ricas em detalhes. Jessica fitou uma imagem de um homem musculoso e com chifres, entrando numa mulher de seios gigantes e pernas ridiculamente grandes. Pelo rosto da mulher, não dava para dizer se ela estava sentindo dor ou se estava gostando daquilo. As pupilas da ruiva se dilataram com aquela figura. A menina nunca tinha visto algo parecido antes. A pequena fechou o livro e o empurrou para longe. Ela então voltou para o livro de biologia e retomou ao trabalho que tinha que entregar.

Jessica chegou em casa antes do jantar como prometera a mãe. Ela foi direto para o quarto, empurrou a mochila para debaixo da cama e foi trocar de roupa. Quando a menina terminou de se despir, ela lembrou das imagens do livro que havia encontrado mais cedo.

A ruiva tirou a mochila debaixo da cama e abriu, retirando o livro de imagens pornográficas, que ela havia roubado da biblioteca, de dentro. Ela começou a se tocar por cima da calcinha olhando para aquelas imagens. Porém, aquilo não estava sendo o suficiente. Ela precisava de mais. Jessica fechou o livro e o escondeu de volta dentro da mochila. Depois, entreabriu a porta para se certificar de que sua mãe não estava por perto. Em seguida, ela fechou a porta do quarto, porém sem trancar (sua porta não tinha tranca).

A ruiva deitou na cama, tirou a calcinha e começou a se estimular, precisando desesperadamente de um alívio. Essa era a primeira vez em que fazia aquilo. Nunca antes, ela havia apresentado algum interesse ou curiosidade relacionado a sexo. Entretanto, assim que ela colocou os olhos naquele livro sujo e cheio de imagens indecentes, seu corpo apresentou necessidades, jamais reveladas antes.
Sua parte íntima estava vermelha e inchada e a mão da pequena trabalhava furiosamente para dar aquilo do qual tanto precisava, e que ela mesma não sabia ao certo o que era.
O corpo da ruiva tremia em pequenos espasmos e seus gemidos começaram a preencher o silêncio do quarto.

A mãe da menina foi até o quarto da filha avisar que tinha bolo na cozinha. Ao chegar até a porta, ela escutou sons estranhos. Helen abriu a porta e pegou a filha em flagrante.

Jessica tirou a mão no mesmo instante e olhou para a mãe como se tivesse visto uma assombração.

"O que você está fazendo? Sua vagabunda!" Helen berrou nervosa.

Jessica se encolheu sem saber o que fazer.

"Eu não acredito nisso! Sua p**a, piranha, vagabunda!" Helen foi até a garota , a pegou pelos ombros com toda a sua força e começou a chacoalhá-la.

"Fazendo p****ia dentro da minha casa!" Helen empurrou Jessica contra a parede, onde a cabeça da ruiva colidiu com força e começou a esbofeteá-la.

Jessica chorava e implorava para a mãe parar.

"Você vai ver se eu não te dou uma surra!" Helen foi até o armário, pegou um cinto e começou a espancar a filha.

Jessica se encolheu no chão chorando e tentando proteger o rosto, porém sua mãe a puxou pelos cabelos com força, obrigando a ruiva a ficar de pé novamente.

"Sua p**a! Eu criei uma p**a!" Helen ainda pelos cabelos, levou a filha até o móvel onde ficavam alguns pertences da menina e esmurrou sua cabeça lá, que bateu num vidro de perfume e o quebrou. O vidro do perfume perfurou a cabeça da menina. Em seguida, Helen jogou a ruiva no chão.

"Vá colocar uma roupa antes que o seu pai chegue e te encontre nesse estado."

E com isso Helen deixou o quarto.

Tudo no corpo da menina doía. Jessica permaneceu no chão imóvel e chorando silenciosamente.

Mais tarde, Helen voltou no quarto da filha e a encontrou no mesmo lugar que a tinha deixado anteriormente.

"Eu falei pra você se vestir!" Helen gritou com raiva.

Como não obteve resposta, ela mesma pegou uma roupa no armário e colocou na filha e depois saiu do quarto.

Paulo chegou em casa e encontrou sua mulher chorando.

"O que aconteceu?" Paulo perguntou preocupado.

"Sua filha surtou de vez. Ela começou a se debater pelas paredes, a puxar os próprios cabelos e a se espancar. Ela fez um estrago em si mesma." Helen mentiu.

"Eu achei que ela já estava melhorando... Ela não apareceu mais com nenhum hematoma..." Paulo disse devastado.

"A gente achou que ela estava melhorando, mas só piorou." Helen falou de forma dura.

"Eu vou ver como ela tá." Paulo foi até o quarto da ruiva e deu algumas batidas na porta antes de entrar. Quando ele viu o estado que estava aquele quarto, com várias coisas quebradas e sangue na parede, Paulo ficou em choque.


"Filha?"

Jessica não respondeu.

Paulo se agachou do lado da menina.
"O que aconteceu com você?" Paulo analisou o corpinho da filha cheio de hematomas e a cabeça sagrando. "O que você fez..." Paulo estava horrorizado.

Jessica continuou imóvel.

Paulo pegou a menina no colo com cuidado e a levou pra cama.

"Você cortou a cabeça." Paulo abriu cabelo da filha para analisar melhor o corte e viu que tinham mechas de cabelo faltando.
Ele começou a chorar.

"A gente vai ter que lavar e fazer um curativo." Ele informou com o coração no chão.

Paulo não conseguia acreditar que sua filha tinha chegado àquele ponto e se machucou daquela forma.

"Filha, eu preciso que você me diga o que ta havendo com você, pra eu poder te ajudar. Se você ta se sentindo triste ou frustrada, compartilha pro seu pai e a gente toma uma providência juntos. Não fica guardando as coisas só pra você não. Porque quando você se machuca, você machuca também o seu pai." Paulo acariciou a sua filha com cuidado para não machucá-la ainda mais. "Eu te amo tanto, filha... Tanto!"

Jessica continuou estática.

"Eu queria tanto que você fosse feliz. O que eu preciso fazer pra você ser feliz? Eu faço qualquer coisa!" Paulo olhou em volta do quarto triste vendo a bagunça que a filha fizera. "Vamos lavar esse corte."

Paulo pegou a filha no colo e a levou para o chuveiro. Ele lavou a cabeça da ruiva com sabão neutro e depois passou um remédio para evitar infecções. Em seguida, ele a levou de volta para a cama e passou remédio nos ferimentos do corpo.

"Eu vou conversar com a sua mãe e já volto pra ver como você tá e arrumar essa bagunça." Paulo avisou e depois foi para a sala.

"Precisamos falar com um psiquiatra urgente!" Paulo disse ao ver a mulher.

"Não precisa. Ela faz isso pra chamar atenção. Não vamos dar o que ela quer." Helen não queria que alguém de fora visse os hematomas de Jessica. Eles poderiam chegar a conclusão que ela não poderia ter feito aquilo sozinha.

"Helen, se a gente não fizer nada, a gente vai acordar um dia desses e a Jessica vai tá morta. Eu me recuso a perder outra filha assim." Paulo argumentou em pânico.

"Tudo bem, eu levo ela amanhã." Helen mentiu.

"Eu vou dormir no quarto da Jess essa noite, pra evitar que ela acabe fazendo outra besteira." Paulo informou.

"É uma boa ideia." Helen concordou e foi para cozinha.

Essa foi a primeira e última vez que a ruiva tentou se tocar, mesmo nos dias de hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário