Ryan estava absorto no celular, quando escutou bem perto da orelha dele:
“O que ta te fazendo abrir esse
sorrisinho aí, hein?”
O gentlemen olhou para trás, tomado
pelo susto, e viu Daniel rindo de sua reação.
“Qual foi, cara!”
“Calma, cara, sou só eu.”
Ryan, então, resmungou alguma coisa
que Daniel não conseguiu compreender.
“Tava falando com quem?”
“Ninguém.”
“Cheryl?”
“Cheryl ta namorando. Sério, não era
nada demais.”
“Seu sorrisinho parecia dizer o
contrário. Era a Emma?”
“Relaxa, Daniel. Não era nada demais,
sério.”
“Ok. Não quer falar, não quer falar.
Mas eu não vim pra perguntar isso. Eu to aqui representando uma garota.”
“Jennifer? Eu passo! Não quero que
ela fique obcecada pelo meu pescoço.”
“Quem você pensa que é pra ousar
comparar o seu pescoço com o da Margot?”
“Por que a piada de vocês só gira em
torno desse pescoço?”
“Foi você que começou!”, Daniel
disse ofendido.
“Porque é inevitável. Falar com
você, em algum momento vai puxar o pescoço da Margot.”
“Você sabia que a gente nunca mais
falou desse pescoço?”, Ryan o olhou cético. “Não, cara, é mesmo!” O celular do
loiro fez barulho, acendendo a tela, um monte de mensagens do whatsapp
aparecendo. Daniel tentou ler alguma coisa. Ficou surpreso com o que achou que
captou. “Cínthia” e “seu beijo”. Ryan desligou a tela rapidamente.
“Mas fala, quem é a garota?”
“Que garota?”
“A garota que você ta representando.”
“Aaah, sim, a garota.” Daniel não estava mentindo. Havia uma garota que ele estava representando e era a Miranda, que ele já sabia que Ryan não estaria interessado. Mas agora com a possível descoberta recente, aquilo definitivamente não fazia mais sentido. Felizmente, o sinal tocou. “Ah, depois eu te falo da garota. Nos vemos, cara.”
“Ok!”
Daniel saiu e ficou observando Ryan,
que assim que se viu livre do garoto tosco, pegou o celular e abriu um sorriso
de canto. Ele parecia estar contidamente muito feliz. Daniel também estava. Mas
em lealdade ao amigo, decidiu guardar a descoberta para si.
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