SORRY, BABY
Antonella ouviu um barulho alto vindo da cozinha. Ela correu rapidamente
e se deparou com cacos de vidro por todo o chão. Andrew olhava confuso para o
seu pé sangrando, enquanto suas mãos tremiam. A italiana assustada disse:
“Oh
my Gosh! Are you ok?”
“Yeah,
yeah”, ele olhou confusamente para a bagunça que tinha feito no chão. “I’m fine.”
“Let me help you”, Antonella falou ainda assustada, estendendo o braço
para acolher o marido.
“I-I-I’ll sweep the floor.”
“I’ll
sweep the floor”, disse a italiana autoritariamente, “and you wait for me ‘till
I bring the first-aid kit, ok?”
“Ok.”, ele assentiu ainda tremendo.
“Just one sec.”, ela falou saindo da sala.
“Antonella”, ele gritou.
“Yes?”, respondeu voltando.
“Could you bring me my pack
of cigarettes?”, Andrew perguntou olhando para baixo.
A italiana respirou fundo. Agora tudo fazia sentido.
“Yes!”
E saiu.
Andrew estava sentado no chão, quando Antonella voltou com o kit de
primeiros-socorros e o maço de cigarro junto com o isqueiro. Ela entregou o
maço de cigarro ao marido e sentou no chão para fazer o curativo no pé do
inglês. O filho de Efrayim acendeu o cigarro e ficou observando sua mulher que
cuidava do seu pé sem falar nada. Antonella parecia concentrada, com a testa um
pouco franzida enquanto tirava uns cacos de vidro com a pinça.
“I’m sorry.”, ele finalmente falou.
Ela continuou quieta, procurando mais vidro.
“I’m sorry for what happened...
now and earlier. I was a dick, as always, and I’m deeply sorry.”
Antonella continuou quieta, sem olhar para ele.
“Do you have any idea how much I love you?”, ele perguntou, se
aproximando do pescoço dela e depositando beijos por lá.
A italiana fechou os olhos.
“Doubt thou the starts are
fire / Doubt that the sun doth move / Doubt truth to be a liar / But never
doubt I love.”, ele disse beijando o pescoço dela em cada verso.
“Said the man who also made
Ophelia kill herself.”
“I do love nothing in the
world / So well as you”, ele sussurrou no ouvido de Antonella. “Better?”
A italiana segurou o rosto dele com uma de suas mãos:
“Why aren’t you always like
this? You really hurt me earlier today.”
“I’m sorry, love, I really
am. I was stressed and I took it out on you.”
Antonella olhava para ele atentamente. Andrew continuou:
“I don’t deserve you... But
I’m glad you’re still with me even though... everything!”
“Yeah, you should!”, ela disse colocando a mão no rosto do marido e beijando-o. Ela depois se separou, fez uma careta e falou: “Cigarrette!”
“I’m sorry.”
“I know. Your trying... I
mean, it’s not that bad, but I prefer to taste only you.”
“Oh, you prefer to taste only me?”, ele perguntou maliciosamente.
“Oh, no. Andrew, no!
Wait! Your feet! We need to focus
on your feet first!”
“F**k my feet!”
“But it’s bleeding!”
“It won’t kill me.”
“But... But...”
“But?”, ele se aproximou dos lábios dela, ambos risonhos, mas antes
deles se beijarem, Asa começou a chorar no quarto. Andrew se afastou de
Antonella e disse: “Very well then. I think we’ll have to wait a little bit.”
Quando os dois finalmente tiveram um bom momento, tinha que aparecer
justo aquele bebê para atrapalhar tudo! Antonella queria gritar, mas manteve a
compostura.
“So you’ll go see Asa and I
finish the bandage and sweep the floor.”
“Alright then!”
“Love you”
“Love you more!”, Antonella disse se levantando a contragosto, se
sentindo fisicamente e mentalmente exausta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário