quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

"A verdade é..."



Para quem shippou os dois, é melhor procurar um novo ship. Veja a conversa que Jane e Carlisle tiveram após passarem a noite juntos num hotel:

– Eu entendi o porquê você dormiu comigo como dormiu, mas... Mas por que daquele jeito? Por que não me bater ou fazer com força, sei lá? Eu só não entendo...
– Jane... – passando a mão no cabelo – Me desculpa pelo o que aconteceu... Mesmo! Eu não era eu mesmo. As crianças pegaram muito pesado dessa vez e... E eu baixei a guarda. Eu não vi as consequências dos meus atos. Por um momento eu achei que fossemos... – pensando bem nas palavras – colegas. Eu achei que poderia tratá-la dessa forma.
– Então você fez da forma que fez porque... Você queria fazer isso, no caso... com a sua... colega...?
Carlisle abaixou a cabeça, respirou fundo e disse:
– Eu fiz do modo que eu fiz, porque eu achei que poderia provar um ponto. Um ponto ridículo, infantil e estúpido. Me desculpe, Jane. Eu me sinto muito envergonhado.
– Então você queria provar que conseguia transformar uma garota daquele grupo em submissa?
Um momento de silêncio antes de responder – Sim – apertando bem os olhos fechados.
– E para isso você precisava também...?
– Não, não. – Respondeu Carlisle negando com a cabeça e se apressando para dizer as próximas palavras – Isso foi impensado e imprudente. Como eu disse, eu baixei a guarda... Eu... Eu me descontrolei. – Passando a mão novamente no cabelo – A proximidade dos corpos... O cheiro... – Fechando os olhos com uma cara feia – Eu não tinha me...
– Quer saber, Carlisle? Tanto faz! Deixa para lá. Eu já entendi – Respondeu Jane secamente
– Me desculpa – Abaixando a cabeça.
– Tudo bem! – Disse Jane sem olhar para ele. Ela foi em direção a saída, mas depois se deteve e disse – Sabe de uma coisa? Eu não consigo acreditar em você. Não consigo acreditar em nenhuma palavra sua. Você queria provar um ponto. Certo! Mas daquele jeito? Da onde você tirou que eu gostava daquilo? Você poderia ter feito um milhão de coisas e eu poderia ter gostado de todas elas, porque você simplesmente sabe como se faz!
Carlisle suspirou e disse – Não, eu não podia! Jane, você é fraca, é nova. Eu sou velho, forte. Qualquer força que eu usasse, eu poderia te machucar.
– Nem tudo se faz com força.
– O que você quer que eu diga, Jane?
– A verdade.
– A verdade? Ok! Tudo bem. – Respondeu Carlisle assentindo com a cabeça e depois olhando nos olhos de Jane – A verdade é que eu amo a minha esposa e que isso foi um erro. Só esqueça isso, Jane! Esqueça. Nada disso importa mais. Você é jovem, tem um namorado bom, que te ama e que você ama de volta. Não fique remoendo essas coisas, porque nada disso importa. Finge que nunca aconteceu.
– Eu não consigo.
– Sabe o que é isso que você está sentindo? Isso que você acha que é um sentimento por mim? Isso é carência. Você não se sente amada, você sente que ninguém se importa mais com você. Você se sente sozinha, só. Mas naquele dia você não se sentiu assim... Aquele dia foi diferente. E eu me aproveitei disso, porque eu sabia que era exatamente do que você precisava, mas tudo não passou de uma mentira, uma atuação e eu te peço desculpas mais uma vez por isso. Mas Jane... Jane, não chora... Jane, as pessoas te adoram, sua turma te venera, seu namorado te ama, seu irmão também. Ele está dando mais atenção para a sua mãe agora, mas mesmo com isso, você é a menininha dos olhos dele. Um bebê não vai mudar isso, só vai agregar.
– Você não é melhor do que ninguém. Você é mau e um aproveitador. – Disse Jane enxugando as lágrimas –  E sabe de uma coisa? Você não sabe nada sobre mim e sobre os meus sentimentos e eu realmente dispenso essa análise!
– Jane...
– Tchau! – Interrompeu Jane – Não vou ficar mais te enchendo!


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