quinta-feira, 9 de julho de 2020

Necessidades de uma mulher


Jessica olhou para o relógio e já era mais de uma da tarde. A ruiva estava ficando impaciente pela demora do advogado amador, Luís Silva, de verificar o contrato redigido pela mesma, e dar seu parecer.

“Isso não me parece justo.” Luís Silva indagou.

“Acredite, essa é uma oferta muito generosa. Se meu cliente mudar de ideia e retirar algumas concessões, nenhum juiz irá se opor.” Jessica falou friamente, olhando novamente para o relógio. “O senhor pode se apressar, por favor. Eu tenho outros assuntos para resolver.”

“As meninas sofreram danos irreversíveis! Elas nunca mais vão conseguir levar uma vida normal.” Luís Silva argumentou perplexo.

‘E por isso a quantia generosa.” A ruiva retrucou.

“Você chama isso de quantia generosa? Como você consegue olhar para as meninas e não sentir nenhum pouco de empatia por elas?”

“Eu vou deixar que você converse com as suas clientes e discuta sobre a proposta. Vocês têm até três dias para decidirem se vão aceitar ou não.” Jessica informou e pegou sua bolsa. “Uma boa tarde para o senhor.” 

A ruiva saiu da sala de conciliações e passou pelo grande corredor do prédio do fórum. Ela estava terminando de digitar uma mensagem para Pamela, quando viu a menina Claire, vítima das fábricas Orzênio.  A menina acenou tristemente para a ruiva, fazendo a mesma trocar sua rota e seguir em direção da menina.

“Como foi com o meu advogado?” Claire perguntou.

“Ele não gostou muito da proposta.” Jessica olhou para a menina solidariamente.

“Mas ela não era boa?” Claire indagou inocentemente.

“Não, era uma m***a.” Jessica pensou. “Era, mas essas coisas são assim mesmo. Seu advogado acha que pode conseguir mais da empresa. Mas você sabe o que vai acontecer se ele negar a nossa proposta...”

“A gente vai ficar sem nada.” Claire disse tristemente.

“Eu não diria sem nada, mas com muito menos do que tá no contrato de conciliação.” Jessica mal conseguia olhar para Claire. Ela odiava o que estava fazendo com a pobre menina. Maldito era o Valdinei por obrigá-la a pegar esse caso.

“Eu vou falar com ele e com a minha mãe.” Claire informou.

“Você tá bem? Tá precisando de alguma coisa?” Jessica segurou a mão da menina.

“Eu estou bem, obrigada.”

A resposta da menina não demonstrou nenhuma convicção para a advogada.

“Se você ou sua prima precisarem de alguma coisa, qualquer coisa, me liga. Eu quero ajudar vocês.” Jessica falou séria.

“Obrigada.”

“Fica com Deus.” Jessica beijou a mão da menina e saiu.

Jessica odiava a posição que estava. Ela queria ajudar as meninas, mas o contrato que seu sócio assinara em nome da associação obrigava-a a defender os interesses da empresa Orzênio. Ela tentou o máximo barganhar para empresa dar uma boa indenização para as meninas, mas não tinha sido para isso que ela havia sido contratada, e sim para dar o mínimo possível para a família das vítimas.

Jessica entrou no carro e foi até o La Vitta. A ruiva avistou sua amiga sentada na mesa ao ar livre e foi até ela.

“Desculpa o atraso.” Jessica cumprimentou a amiga e sentou na mesa, tirando os óculos escuros e colocando sobre a mesma.

“Tudo bem! Eu sei que você é uma advogada muito requisitada.” Pamela brincou, compreensiva com a demora da ruiva.

Jessica revirou os olhos. “Advogada de m***a você quer dizer. Eu odeio meu trabalho!”

“Você ama seu trabalho!”

Pamela provavelmente estava certa, mas naquele momento essa era a pior profissão que lhe vinha na cabeça.

“Não mais. Mas vamos mudar de assunto. Como estão as coisas com o Robson?”

O garçom se aproximou e entregou o cardápio às duas.

“Nada bem. Ele é um caso perdido. Vive bebendo e dando para outras mulheres.” Pamela desabafou.

“Eu não sei como você aceita isso. Existe tanto homem melhor.”

A ruiva não sabia se realmente existiam tantos homens melhores assim, mas pelo menos havia de ter um que não era babaca e se interessasse pela sua amiga.

“Mas você sabe que eu amo ele.” Pamela deu de ombros. “E você? Como vai a Emminha?”

“Maravilhosa. Eu acho que a gente tem se aproximado muito nos últimos dias.” Jessica abriu um sorriso largo.

“Dá pra ver que você está muito radiante com isso.”

Pamela estava contente pela alegria da amiga.

“Eu tô, mas eu tenho que admitir que a ideia de perder ela de novo é insuportável.” Jessica observou o cardápio pensativa.

“Você não vai perder. Ela no máximo só vai voltar pra casa dela que é próxima da sua.” Pamela tentou consolá-la.

“Não é a mesma coisa.”

“É melhor que nada. E o Bradley como vai?” Pamela achou melhor mudar de assunto.

“Ele tá bem. Foi chamado pra fazer uma palestra numa universidade em Minas Gerais.”

“Que fantástico! Ele deve tá em êxtase!” Pamela disse animada com a conquista do professor.

“Com certeza. Você conhece o ego dele, tá todo metido.” A ruiva debochou do ex-marido.

“Conheço bem essa peça.” Pamela riu.

O garçom voltou, anotou os pedidos e depois saiu.

“Ele vai levar as crianças com ele na viagem.” Jessica acrescentou.

“Então quer dizer que você vai ter a casa só pra você e seu novo homem?” Pamela disse animada.


“Não, isso quer dizer que eu vou passar o dia inteiro preocupada com eles na estrada.” Jessica corrigiu a amiga.

“Jessica Michelle, você vai mesmo desperdiçar a oportunidade de transar com seu namorado um fim de semana inteiro?” Pamela chamou atenção da amiga.

“Sim, eu tô tentando me controlar nesse aspecto. Eu não sei, eu tenho pensado muito nisso e não é saudável.” Jessica confessou.

“Você tá pensando muito nisso, porque você não tá fazendo. Quando você fizer mais, você vai se acalmar.” Pamela explicou achando graça no dilema da amiga.

“E também tem o fato que ele pode tá chateado comigo.”

“O que você fez com o pobre homem?” Pamela deu um olhar de reprovação.

“Eu meio que insinuei que ele era um influenciável, drogado em potencial e apaixonado pelo ex-melhor-amigo, que a propósito já morreu. Eu fui uma total vadia.” Jessica contou fazendo a amiga dar altas gargalhadas.

“Não acredito, Jessica!” A amiga bateu palmas.

“Eu não sei porque eu sempre faço essas coisas.” Jessica balançou a cabeça.

“É porque você se boicota achando que ninguém é bom o suficiente para ocupar o lugar do Bradley.”

“O que o meu ex-marido tem a ver com isso? Eu só tava querendo me certificar que o Andrew era uma boa pessoa pra eu me casar.” Jessica explicou.

“Casar? Vocês não começaram tipo ontem?” Pamela perguntou perplexa.

“Não, já estamos juntos há meses. E não é como se eu quisesse me casar amanhã. Eu só quero ter certeza de que estou investindo na pessoa certa.”

“Mas isso você vai descobrir com o tempo. Jessica, por favor, não assuste o pobre homem com essa ideia de casamento.” Pamela alertou.

“Pode deixar. Eu já desisti dela. Na verdade, foi o meu pai e o reverendo que colocaram isso na minha cabeça, quando sugeriram que eu estava vivendo em pecado.” Jessica admitiu.

“Então vocês são sexualmente ativos!” Pamela falou um pouco alto demais.

“Shiiiu.” Jessica escondeu o rosto envergonhada.

“Seu reverendo não tá aqui. Agora me explica essa história.” Pamela disse ainda animada.

“A gente fez algumas vezes, mas não o suficiente.” Jessica tentou não olhar para o sorriso se formando no rosto da amiga.

“Como assim não o suficiente?”

“Essa coisa toda da minha religião e de ter criança em casa, você sabe como é...”

O garçom voltou com os pratos e desejou um bom almoço a elas.

“Eu acho que você deveria aproveitar a oportunidade de que você vai tá sozinha e chamar ele pra fazer uma visitinha. Ou você mesma pode fazer uma na casa dele. Acho que ele iria gostar.” Pamela sugeriu.

“Eu não sei... Eu tenho medo de passar a mensagem errada.” Jessica ponderou.

“De que você está desesperada?”

“Isso mesmo.” Jessica riu.

“Esse tipo de desespero os homens adoram, vai por mim.”  Pamela aconselhou.

“Eu talvez faça isso. Só porque eu tô realmente desesperada.” Jessica brincou e Pamela riu.


Era sábado à noite e Jessica estava em casa assistindo missão madrinha de casamento. Emma tinha ido viajar com o padrinho na quinta-feira e só voltaria na segunda. Ela tinha feito stickers de cenoura e estava comendo assistindo o filme, como se estivesse vendo-o pela primeira vez. Quando o filme acabou a ruiva resolveu se preparar para deitar e ler um livro. Ela estava lendo Amada de Toni Morrison. O livro estava sendo bem-sucedido em prender sua atenção, ela leu até se sentir sonolenta.

A advogada colocou o livro na cabeceira e apagou a luz do criado-mudo. Severos minutos se passaram e ela ainda não tinha conseguido dormir. Jessica podia tentar negar o quanto quisesse, mas ela estava carente. Mais ainda do que ela, seu corpo. Era extremamente frustrante precisar muito de uma coisa e aquilo ser errado. A ruiva apertou as pernas com força, uma contra a outra, na tentativa de conter a tensão que estava se formando entre elas. Jessica virou o rosto para o travesseiro e esperou a necessidade passar. Entretanto, não passou.

A advogada pegou o celular para olhar as horas e já tinha passado das dez. Droga, ela queria pedir para Andrew ir vê-la, porém era tarde demais. Jessica levantou da cama e pegou seu famoso copo de água. Em seguida ela ligou a tv da sala e colocou no canal de desenhos. Não que ela gostasse de desenhos, mas era a coisa mais idiota que ela conseguiu pensar para tirar sua cabeça de assuntos inapropriados. Depois de dois episódios entediantes de “Os jovens titãs em ação”, Jessica desligou a televisão e ligou para seu namorado.

“Alô.” Andrew atendeu.

“Oi, é a Jessica.”

Andrew achava engraçado o fato que ela sempre se identificava quando ligava.

“Eu sei que é você.” Ele riu. “Como você tá?”

“Você pode vir?” Jessica falou de uma vez.

“Claro, aconteceu alguma coisa?” Andrew olhou para o relógio.

“Não. Eu só.... Quer saber, esquece. Como você tá?” Jessica se sentiu estúpida por ter pedido pra ele ir na sua casa àquela hora da noite.

“Eu estou bem, e você?” Andrew perguntou ainda preocupado.

“Eu tô com dificuldade pra dormir.” Jessica admitiu. “Talvez você possa falar comigo até eu pegar num sono? Sua voz me acalma.”

Ela realmente se sentia melhor ao ouvir a voz masculina e sexy do professor. Ela quase conseguia sentir seu toque pelo telefone.

“Você ainda quer que eu vá pra aí? Porque se você quiser eu chego aí em quinze minutos.” Andrew conseguia ter uma ideia do que ela queria e se ele tivesse certo, seria uma ótima noite para os dois.

“Consegue fazer em dez?” Jessica falou de brincadeira.

“Se o acelerador do meu carro colaborar.” Andrew retribuiu a brincadeira.

“Perfeito. Então até daqui a pouco.” Jessica disse já se sentindo aliviada.

“Já tô chegando.” Andrew brincou.

Andrew trocou de roupa rapidamente e dirigiu até a casa da ruiva. Quando ele tocou a campainha, Jessica levantou do sofá e foi atendê-lo. Ao avistar seu namorado atrás da porta, a ruiva jogou os braços em sua volta e capturou seus lábios.

Andrew entrou com ela dentro de casa sem tirar os lábios dos seus e fechou a porta atrás de si.

“Posso saber como foi seu sábado?” Andrew provocou.

“Uma m***a.” Jessica respondeu, tornando a beijá-lo.

“Não vai me oferecer suco?” Andrew brincou de novo.

“Hoje não” A ruiva falou entre beijos.

Jessica queria tanto aquilo que não conseguia parar de beijá-lo, nem com muito esforço.

“Você quer comer alguma coisa?” Jessica perguntou quando finalmente se separaram.

“Não, obrigado. Eu tava brincando em relação ao suco.” O professor explicou.

“Eu sei. É que eu fui meio mal educada te atacando daquele jeito assim que você chegou.” Jessica se sentiu de repente envergonhada.

“Essa foi a melhor recepção que eu já tive.” Andrew falou descontraidamente.
Jessica colocou o cabelo atrás da orelha sem jeito.

“Quer ir pro meu quarto?” Jessica tomou coragem.

“Quero.” Andrew assentiu.

“Você se importa de eu apagar a luz?” Jessica perguntou quando adentraram seu quarto.

“O que você achar melhor.”

“Eu vou apagar essa e deixar a do criado acesa, tá bom?”

“Tá ótimo.”

Jessica apagou a luz do quarto e depois acendeu.

“Eu acho melhor você ficar do lado do criado pra você acender a lâmpada quando eu apagar aqui. Porque senão, vai tá escuro pra gente enxergar ela e acender.”

“Ok.”

Jessica estava agindo estranho, mas provavelmente era porque ela estava nervosa, apesar de aquela não ser a primeira vez que eles iriam dormir juntos.

Jessica apagou a luz e Andrew foi procurar o interruptor da lâmpada, quando ele acendeu, Jessica se sentou na beirada da cama ao seu lado.

A ruiva tocou seu rosto amorosamente.

“Eu gosto muito de você.” Jessica escaneou o rosto do namorado, traçando com os dedos o mesmo percurso do olhar.

“Eu também gosto muito de você.” Andrew ficou surpreso com a súbita mudança de atitude da ruiva. Ele virou o rosto e deu um beijo no pulso que estava próximo ao seu rosto. Jessica se aproximou lentamente e o beijou.

O beijo dos dois ficou intenso rapidamente. A advogada transmitia todos os seus desejos internos através de sua língua. Jessica deitou na cama e Andrew se posicionou em cima dela. Eventualmente, as roupas deles foram descartadas. 


O corpo nu do professor contra o seu trazia sensações inimagináveis. Ela ansiou por isso o dia inteiro, na verdade, fazia algum tempo já. Jessica pegou a mão do professor e a guiou para a parte sua que mais precisava dele. Andrew acariciou de leve causando calafrios na espinha da ruiva. Porém, o professor não daria o que ela queria logo de cara. Ele explorou seu corpo com toda a calma e habilidade do mundo, mandando a advogada para um estado de extrema urgência e necessidade. Os ruídos de Jessica se tornavam cada vez mais audíveis e sua cabeça rolou abruptamente para trás quando ele voltou a tocar sua intimidade.


.... O clímax a atingiu como um poderoso raio. Seu corpo entrou em convulsão e suas costas arquearam, sendo totalmente dominada pelo prazer. Andrew continuou acariciando seu sexo por mais alguns segundos enquanto a ruiva arfava pesadamente tentando devolver oxigênio a seus pulmões. Andrew puxou a ruiva para mais um beijo molhado e sexy.
O professor deitou do seu lado e deu um beijo na testa úmida de suor da namorada. Jessica abriu um sorriso fraco para o professor e tocou seu rosto de leve. Eles ficaram se entreolhando por alguns minutos enquanto a advogada recuperava o fôlego

“Eu realmente precisava disso.” Jessica disse com dificuldade.

“Não foi nada.” Andrew abriu um sorriso presunçoso para a ruiva.

“Obrigada.” Jessica tocou os lábios do professor e plantou um beijo. “Você fez eu me sentir muito bem, de verdade.”

“Você sabe que eu poderia fazer você se sentir ainda melhor se me deixasse fazer sexo oral em você.” Andrew insinuou com a voz sexy.

Jessica arregalou os olhos e foi tomada por uma timidez que a fez querer se cobrir toda. Ela nem conseguiu emitir nenhuma resposta ao namorado, apenas desviou o olhar.

“Desculpa, eu não queria te deixar envergonhada.” Andrew acariciou o braço da ruiva.

“Eu sei.”

“Olha pra mim.” Andrew pediu.

Jessica levantou o olhar e tentou não desviá-lo de novo.

“A gente vai sempre fazer as coisas à sua maneira, está bem?”

As palavras de Andrew tocaram o coração da ruiva. Naquele momento todas as duvidas que ela havia tido em relação a ele se dissiparam.


Jessica respondeu com um beijo apaixonado. Ela roçou suas pernas nas de Andrew, mostrando que estava pronta para dar continuidade ao que eles tinham começado.

(....)


 “F**k!” Andrew finalizou dentro dela.

Jessica beijou Andrew enquanto ainda o sentia pulsar dentro de si. O professor saiu de cima da advogada.

“Gostou de ter vindo?” Jessica perguntou sarcasticamente.

“Muito.” Ele abraçou a ruiva e beijou sua cabeça.

“Eu também.” Jessica disse sinceramente.

Os dois dormiram abraçados. Ao amanhecer Jessica estava em um lado da cama e Andrew do outro. O professor deu uma olhada na ruiva e se deparou com marcas de mutilação que ele não tinha reparado no dia anterior. Ela havia dito que aquilo não era nada preocupante e fez parecer quase como se fosse normal. No entanto, ele sabia que o que ela dissera era só uma forma de amenizar um vício grave que possuía. Porém, eles haviam acabado de ter uma noite tão agradável que achou melhor não pensar nas lesões da namorada. O professor passou um braço por cima da advogada e voltou a dormir, sendo acordado uma hora e meia depois com o despertador da ruiva. Jessica se apressou em desligá-lo, mas já era tarde demais, Andrew já havia acordado.

“Desculpa.” Jessica girou para perto de Andrew e deu alguns beijos em seu rosto. “Eu tenho que me arrumar.”

“Pra quê?” Andrew perguntou sonolento.

“Pra igreja. Você vai?”

“Você acha bom depois de ontem?” Andrew perguntou confuso fazendo a ruiva rir.

“Cometer um pecado e se afastar da igreja é pior que cometer um pecado e continuar indo.”

“Entendi.”

“Então você vai?” Jessica perguntou esperançosa.

“Vou.”

Andrew não estava a fim de ir, concordou apenas para agradá-la. Parecia ter funcionado, pois Jessica sorria de orelha a orelha.

“Ótimo! Eu vou logo pro banho pra gente não se atrasar.” Jessica sentou na cama e ajeitou o lençol em volta do corpo. Depois ela se aproximou de Andrew e se inclinou no seu ouvido. “Você me fez muito feliz ontem.” Ela então deu um beijo no seu rosto e se levantou.

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