sábado, 3 de abril de 2021

Maternidade lhe cai bem

Já era tarde e todo mundo naquela casa parecia está dormindo. Até a bebê que custava pegar no sono à noite parecia estar num sono profundo. Lana espiou Asa e ele respirava de forma tranquila, seus pulmões abriam e fechavam, conforme a passagem de ar.

A morena estava pensativa. Aquela era a primeira vez que tinha uma experiência de passar dias numa casa que não era a sua, tirando a casa de seus avós, mas lá, já estava acostumada. Era estranho ter uma bebê em casa. Não dava para deixar de ver sua própria filha naquele serzinho tão doce e frágil. Jessica sabia que podia morrer e mesmo assim escolheu a vida da filha. Por que ela não tivera a coragem de fazer o mesmo pelos seus? Se eles tivessem nascido, teriam quatro anos, a idade de Crystall. Na época, Lana não acreditava que poderia ser uma boa mãe. Agora, já achava um pouco diferente. Ela conseguiria ser uma mãe. As crianças pareciam gostar dela e ela das crianças. É claro que seria muito difícil arcar com a despesa de dois filhos, mas com a ajuda dos avós, daria. A morena não era orgulhosa como sua mãe e aceitaria qualquer ajuda que oferecessem para criar seus queridos gêmeos. Uma menina e um menino. Duas bênçãos.

Lana levantou da cama e foi para o quarto de Mel. Ela estava tão calminha dormindo. Lana tirou a bebê do berço e sentou na poltrona do quarto. Mel não acordou ao ser transferida para os braços da morena.  Lana deu um beijo na cabecinha da neném e ficou balançando-a suavemente.

"Minha princesinha. Espero que quando a atividade acabar, não separem a gente. Eu odiaria ficar longe de você. Você também? Awnn, ninguém vai separar a gente, eu prometo."

Lana começou a cantarolar uma música de ninar enquanto balançava e segurava a mãozinha da bebê.

A morena estava em êxtase, a maternidade lhe caía bem.

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