domingo, 21 de março de 2021

Pre-wedding nervousness

 ~ Uma semana antes do casamento do Sebastian ~

"Alguém mais leu o livro que eu passei?" Tom perguntou ao restante da turma. 

Niall levantou a mão. 

"Eu cheguei a ler o primeiro capítulo, mas tava muito chato." Niall admitiu. 

"Tá chato e vocês param de ler? A prova do livro é metade da média de vocês esse bimestre e eu não vou pegar leve nas perguntas. Sugiro que todos comecem a ler o o quanto antes o livro porque quando tiverem dúvidas, e acredite, vocês terão, vai dar tempo de sanar pra prova. Estamos entendidos?"

" Siiiim." A turma inteira ecoou. 

Na hora de ir embora, Tom aguardou Cheryl sair da sala. 

"Oi." Cheryl cumprimentou o namorado quando o viu. 

"Oi. Quer carona pra casa?"

"Não, obrigada. Eu vou passar na farmácia no caminho pra casa."

"Eu posso parar na farmácia."

"Não precisa. Talvez eu demore. Gosto de olhar as coisas com calma... não quero que você fique esperando."

"Sei..."

"Como assim sei?" Cheryl perguntou fazendo aquela carinha de confusa que Tom amava. Ela era tão adorável. 

"Eu te senti meio calada na minha aula hoje. E você leu o livro que eu passei. Por que não disse nada?" 

"Porque todo mundo ia zoar dizendo que eu só li porque você me obrigou."

"Mas eu te obriguei." Tom abriu um risinho. 

"Sim." Cheryl revirou os olhos. "Só que ninguém precisa saber disso."

"Tá bom. Mas eu posso, por favor, te acompanhar na farmácia? Ultimamente tenho sido mais seu professor do que seu namorado." Tom alisou o braço da inglesa. 

"Okay." 

Tom acompanhou a menina até seu carro e abriu a porta para ela entrar. 

"Serve a pacheco?" Tom perguntou dentro do carro. 

"Uhum." Cheryl concordou. A verdade era que a Geordie não queria passar na farmácia. Ela só queria voltar para casa sozinha. A caminhada a faria bem, assim como, a solidão. Cheryl não conseguia tirar da cabeça que Sebastian se casaria na semana seguinte. Estava tão perto. Será que se o namoro dos dois tivesse dado certo, ele ainda se casaria com Luciana? Ele sempre pareceu odiar a ideia de se casar tão cedo, principalmente com alguém que não cultivava sentimentos. Será que ainda permanecia assim ou será que de alguma forma conseguiu se apaixonar por Luciana? Seus pensamentos estavam a mil. 

"Chegamos." Tom parou o carro em frente a Pacheco. 

Cheryl acenou e tirou o cinto. Tom aproveitou para beijá-la. A menina correspondeu como sempre correspondia.

"Eu queria poder te levar pra casa." Tom disse quando o beijo chegou ao fim, acariciando o rosto da menina com o polegar. 

"Impaciente, much?" Cheryl arqueou uma sobrancelha. 

"Por você, sempre."

"Minha mãe já vai tirar o gesso semana que vem. Agora é questão de dias só."

"Finalmente." Tom comemorou. 

Os dois entraram na farmácia e Cheryl foi pegando coisas aleatórias e colocando na cesta. 

"Você tá resfriada?" Tom perguntou ao ver os remédios para gripe que a Geordie tinha pegado. 

"Meu irmão tá."

"Então você tá cuidando dele também... Não tá se sentindo um pouco sobrecarregada?" 

"Hã?" 

De novo aquela cara de confusão. Será que ele seria preso se comesse a Cheryl ali mesmo? 

"Sobrecarregada... Overload?" 

"If I'm overloaded? Não me sinto sobrecarregada ainda." Cheryl respondeu com um sotaque carregado na palavra sobrecarregada. 

"Se precisar de ajuda, só falar."

"Obrigada."

Tom teve que se conter para não iniciar nenhum contato físico com a menina. Cheryl ainda era muito nova e as pessoas podiam estranhar. 

Depois da farmácia, Tom deixou Cheryl na casa dela e seguiu para a sua. 

~Véspera da viagem do casamento do Sebastian~

"Tem certeza de que você não vai? Essa vai ser a verdadeira festa do século!" Hailee fez referência a Fernandinho. 

"Tenho." Cheryl girou o cigarro nos dedos, decidindo se iria fumar outro ou não. Seus pés estavam enterrados na grama do quintal da amiga. 

"É por causa do Sebastian? Você ainda sente algo por ele?" Hailee perguntou fazendo embaixadinhas com a bola. 

"Claro que não." Cheryl bufou e acendou seu cigarro. 

"Eu acho que entendo. Deve ser difícil ver um ex casando com outra. No futuro iremos passar por isso o tempo todo."

"Mas não é a mesma coisa, é? Ele não queria esse casamento. Ele foi obrigado. Ele não teve tempo de viver a vida e agora vai estar preso pra sempre."

"Realmente isso é meio triste. Mas antigamente todos os casamentos eram arranjados e as pessoas ainda assim eram felizes."

"Isso é discutiveble."

"Talvez."

"Eu também me sinto mal porque sei que não fui uma boa namorada pra ele. Fiz ele passar por coisas que hoje me arrependo."

"Mas isso já passou e não mudaria nada. Só faria ser ainda mais dolorido o processo de se casar com outra. Acho que todas as possíveis burradas que você fez durante o namoro de vocês, acabou sendo pra melhor."

"Tem razão." Cheryl concordou pensativa.

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