quarta-feira, 14 de julho de 2021

Terraço (Privado/Apenas Autorizados)

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Grupo do Fernandinho e da Natália. Ousadas. Grupo da Lana. 

Tinham muitas pessoas naquela festa. Nadine se ausentou por alguns minutos de seu grupo de amigos para ir ao banheiro e agora, encontrá-los de novo, parecia uma missão impossível. A menina tirou o celular do sutiã para ver se um dos seus amigos atenderiam o telefone, quando viu a anfitriã da festa mais adiante, em meio a multidão. Nadine tentou gritar seu nome para chamar sua atenção, mas com todo aquele barulho de pessoas conversando e música alta, não ficou surpresa da inglesa não ter nem ameaçado se virar.

Nadine andou depressa, atropelando alguns corpos no caminho. Quando chegou perto o suficiente da outra menina, segurou sua mão.

Cheryl parou de andar e revirou os olhos irritada. Será que não conseguiria ficar um segundo sozinha sem ter alguém pedindo sua atenção?

"Até que enfim!" Nadine exclamou grata por finalmente ver um rosto conhecido.

Cheryl reconheceu a voz da pessoa que segurava sua mão e mudou seu semblante de irritada para bem-humorada. Ela se virou para ficar de frente a amiga.

"Tá perdida, pet?" Cheryl perguntou com um tom divertido.

"Pra não se perder nessa festa, só algemando um no outro, e mesmo assim, sem garantia de nada." Nadine fez uma cara dramática que fez a outra achar graça. "Você tava indo pra onde?"

"Pegar um ar. Eu tava com a minha família agora pouco e meus pais começaram a discutir. E pra completar o Joe entrou na briga e já tá quase um quebrando a cara do outro."

"Sinto muito, Cheryl. Você aceita uma companhia?" Nadine ofereceu, se sentindo mal pela inglesa. 

"A sua? Claro!" Cheryl sorriu agradecida. 

"E aonde você tá pretendendo tomar ar, porque aqui não tem nenhum lugar que já não esteja infestado com o cheiro de maconha ou cheio de pessoas."

"Você vai ver." Cheryl pegou a mão da outra menina e atravessou a multidão de pessoas dançando e se pegando na pista, ganhando cumprimentos e felicitações aqui e ali enquanto cruzava o local com a amiga. 

"AK 47 é o porte do homem

Perfil brasileiro, arma israelense

Antes de vir pra base tu fica de canto

Marca dois minuto, olha, tu para e pense

Que se tu brotar no mandela é só socadão


O Torugo é chato, brabo na favela

As piranha trepa, mas a Glock não

Na pista o bonde é f**a, eles não amarela

Bota cara no beco pra perder estresse

Que as piranha desce, as piranha desce


Os amigo vendendo, a firma enriquece

As piranha desce, as piranha desce

Bota cara no beco pra perder estresse

Que as piranha desce, as piranha desce

Os amigo vendendo, a firma enriquece

As piranha desce, as piranha desce..."

Cheryl subiu com Nadine cinco lances de escada e depois abriu uma porta que deu para um corredor cheio de entulhos jogados. 

"Que lugar é esse? Pra onde a gente tá indo?" Nadine perguntou observando o local que as duas estavam passando. Parecia um depósito de coisas esquecidas. A música naquela altura estava soando mais abafada. 

"Pegar um ar, sua esquecida." Cheryl brincou. 

"Aonde? No quartinho da cinderela?" 

"Quase isso." Cheryl prendeu o riso.

A inglesa às vezes esquecia o quanto a amiga era dramática e engraçada. Quando eram mais novas, já foram muito próximas, com o tempo, se distanciaram um pouco e passaram a se falar mais quando estavam com o grupo todo. Cheryl sentia falta de tê-la mais por perto. 

Depois de cruzarem o depósito, mais um lance de escadas, só que mais estreita. Como o lugar estava um breu, Cheryl ligou a lanterna do celular para iluminar os degraus. 

"Tá bem aí, pet?" A inglesa claramente estava se divertindo às custas da Nadine. 

"Espero que essa seja a última escada. Não tá nada divertido subir toda essa escadaria de salto alto."

"É a última, prometo."

Cheryl subiu os degraus, sem soltar a mão da amiga. 

No final da escada tinha uma outra porta que a britânica abriu, dando para um amplo ambiente arejado. 

"Chegamos." Cheryl disse animada. 

Nadine observou o grande terraço à sua frente. O chão era de um porcelanato escuro, de ótimo gosto. Nas extremidades, grades de ferro para prevenir quedas. Sua extensão tinha o formato de um C, ou seja, as laterais tinham o comprimento menor do que a frente. A área não tinha cobertura, proporcionando uma bela vista do céu estrelado. Cheryl apertou o interruptor perto da porta e o local foi iluminado por uma luz fraca, pois a lâmpada única não conseguia dar conta do ambiente inteiro com eficiência. A noite estava fresca e deliciosa. Nadine sentiu uma levre brisa esvoaçando seus cabelos. 

"Você já tinha vindo aqui antes?" Nadine olhou em volta. 

"Sim. Quando a gente veio conhecer o local eu rummaged through todos os cantos. Gostou?" 

"É bem alto."

"Não tem perigo de cair. Pode ficar tranquila." Cheryl se aproximou do guarda-corpo e observou sua festa de cima. Dava para ouvir seus amigos se divertindo e a música alta e barulhenta. 

"Aqui é o lugar perfeito pra se pegar alguém. Não tem ninguém pra ficar olhando." Nadine observou. 

"É, se quiser trazer o João aqui mais tarde..." Cheryl sugeriu, piscando um olho para a amiga. 

"E subir todos esses lances de escada de novo? Não, obrigada."

"Se exercitar você não quer né. Não sei como você consegue ter esse corpo de modelo da Victoria Secret."

"Olha quem fala."

"Eu faço dança, uma aula vale por dias de academia."

"No meu caso são bons genes mesmo."

"Sortuda."

Cheryl voltou a olhar a vista. Ela conseguia ver as pessoas da sua festa, mas não conseguia distinguir quem era quem. Todos pareciam pequenas formigas, vistos de cima. 

"Um sabadão desse e uma lua dessa

Todos os caminho te leva a favela

Pra esquecer o estresse que a semana teve

Hoje é bailão emendado na rave

Hoje é bailão emendado na rave

Hoje é bailão emendado na rave


Um sabadão desse e uma lua dessa

Todos os caminho te leva a favela

Pra esquecer o estresse que a semana teve

Hoje é bailão emendado na rave..."

"É legal ver todo mundo daqui." A menina se virou para a amiga. "Nadine! O que você tá fazendo aí grudada na porta? Tá pensando em chamar ela pra sair?" 

"Eu tenho um pouco de medo de altura." Nadine explicou, como se fosse a coisa mais coerente do mundo. 

"Aqui nem é tão alto assim. Não é como se estivéssemos no décimo andar. Vem, vamos sentar." 

Nadine seguiu Cheryl até a lateral do terraço.

"Aqui? Cadê a cadeira?" 

"Deixa de ser fresca."

"Esse vestido foi caro."

"Eu sei e você tá linda nele." Cheryl deu um sorriso travesso. 

"Não foi isso que eu quis dizer."

"Mas eu sim."

Cheryl tirou os sapatos e sentou em frente a grade, colocando as pernas para fora da mesma. 

"Vai me deixar aqui sozinha?" Cheryl se virou para a amiga. 

"Tá bom."

Nadine sentou perto da inglesa, mas um pouco afastada das grades. Ela encostou as costas na parede e respirou fundo, evitando olhar para baixo. 

"Você tá bem? Se tiver se sentindo mal, a gente pode descer." Cheryl franziu as sobrancelhas, em preocupação. 

"Eu tô bem." Nadine respirou fundo. 

"Fecha os olhos." Cheryl aconselhou. "Ajuda a dar o senso de realidade."

Nadine fechou os olhos e Cheryl entrelaçou sua mão na dela. A inglesa observou suas mãos juntas e soltou uma risada.

"O que foi?" Nadine perguntou, abrindo um só olho para ver o que tinha acontecido. 

"Eu lembrei que quando a gente era pequena, você odiava as suas mãos e tentou encolher elas com um balde de água cheio de gelo."

Nadine riu junto. 

"Minha prima idiota que passou esse bizu furado, e eu, ainda mais idiota, fui fazer."

"Bons tempos." Cheryl declarou. 

"Verdade." Nadine concordou. 

"Eu gosto delas." Cheryl brincou com a mão da outra menina. 

"Só porque a sua é minúscula... Você não sabe a imagem que veio na minha cabeça agora." 

"Qual?" 

"Você pegando o coisa grande do Tom com essa mão pequena."

"Nadine!"

"Como é que era? É do jeito que eu tô imaginando mesmo?" 

"A gente ainda não tem telepatia então não sei como você tá imaginando."

"Cabia na sua mão?" 

"Pra não caber na minha mão só se for um pau sobre-humano."

"Não olha pra mim como se eu tivesse começado os boatos. Esse tema já foi pauta de muitas discussões." Nadine brincou. 

"Vocês não têm mais o que falar né." Cheryl balançou a cabeça de forma julgadora. "A minha mão nunca foi um problema, mas eu confesso que nas primeiras vezes que a gente fez sexo, doeu bastante."

"Sério? E o que vocês fizeram pra parar de doer?" 

"A primeira da noite ele tinha que me penetrar muito lentamente pra eu ir esticando aos poucos. Tudo de uma vez definitivamente não era uma opção." Cheryl revelou e Nadine colocou a mão na boca.

"Então ele é gigante mesmo?" 

"Nada fora do normal. Acho que juntou ele ser grande e eu ser pequena."

"Mas ainda assim você gostava? Você conseguia gozar?" 

"Sim e sim. Gozar nem sempre, mas nunca condicionei isso a um bom sexo. Às vezes são as outras sensações que fazem você ganhar a noite."

"É estranho ver você tão experiente nessas coisas."

"Não me sinto muito experiente. Talvez um pouco, mas em um homem só."

"Que é considerado um dos mais difíceis."

"Não acho que tem isso de homem difícil. Desde que você brinque com o brinquedo deles, eles já se sentem bem satisfeitos."

"Verdade. E como você tá? Eu vi que você tava bem triste esses dias, depois do término."

"Tô indo. Acho que estou superando de pouquinho a pouquinho. Tem umas horas que eu fico mais carente e aí é mais difícil. Tem outras que vejo que o que aconteceu não foi tão horrível assim. São dias e dias... eu tô aprendendo a lidar com eles." Cheryl engoliu o bolo que tinha se formado na sua garganta.

"Você vai ficar bem, eu prometo." Nadine acariciou a mão da inglesa, amigavelmente. 

As duas ficaram em silêncio, escutando apenas o barulho de fora. 

"Nóis tá tipo surfista, igual Gabriel Medina

Nóis tá tipo surfista, igual Gabriel Medina


Surfando nos Mandela, tacando o pau nas maldita

Surfando lá no Bega, tacando o pau nas maldita

Surfando lá no Helipa, tacando o pau nas maldita

Surfando nos Mandela, surfando nos Mandela

Surfando nos Mandela, Man-dela

Surfando nos Mandela, tacando o pau nas maldita

Surfando lá no Bega, tacando o pau nas maldita


Dá uma sentada, dá uma cavalgada

Dá uma sentada e vai no paga-gaga

Dá uma sentada, dá uma cavalgada

Dá uma sentada e vai no paga-gaga-gaga


Hmm, no paga-gaga-gaga

Hmm, no pau, no pau

No paga-gaga-gaga, hmm..."

O clima estava muito agradável. Cheryl observava os prédios iluminados a quilômetros de distância. Dava para ver um billboard digital bem grande da HBO Max com o fundo roxo. A cidade de noite ficava muito bonita. O vento bagunçou de leve o cabelo da menina. Ela se debruçou na grade, absorvendo todos aqueles elementos, se sentindo em paz. 

"As coisas daqui de cima são ainda mais lindas. Ainda tá com medo de sentar comigo?" 

"Um pouco." Nadine percebeu como Cheryl estava bonita mesmo com o cabelo bagunçado pelo vento. A beleza de Cheryl era uma verdadeira injustiça a todas as meninas do mundo. 

"Você não vai cair. Eu prometo."

"Tá bom." Nadine levantou, tirou os sapatos e sentou do lado da Geordie. 

Seu coração começou a bater rápido com a adrenalina de tá num lugar tão alto e só com uma grade como proteção. E se elas cedessem? "Desisto." Nadine tentou se levantar, mas Cheryl segurou seu braço. 

"Não olha pra baixo, olha pra mim."

Nadine obedeceu a outra menina confusa. De um jeito muito estranho, ela realmente estava se sentindo melhor. Os olhos castanhos da inglesa eram reconfortantes. Profundos e inocentes. Cheryl começou a fazer carinho pelo braço da Nadine para acalmá-la. 

"Tá melhor?" Cheryl perguntou com preocupação na voz. 

Nadine assentiu. 

"O céu tá lindo hoje." Cheryl observou, virando o rosto para cima. 

Nadine acompanhou o olhar da amiga e constatou que o céu realmente estava muito bonito. 

"Tá mesmo. Mas tem poucas estrelas." 

"Elas ficaram tímidas com a sua beleza." Cheryl voltou a olhar para Nadine. 

"Você bebeu?"

"Claro. Estamos numa festa. Minha, aliás. Se você não bebeu, tá errada." A inglesa brincou. 

"Eu quis dizer se você tá embriagada."

"Não. Por que a pergunta? Você é bonita, Nadine. Qual é o problema de eu reconhecer isso?" 

"Nenhum."

"Oi, acabou a água, toma banho de leite

Acabou a água, toma banho de leite

Leite quente, toma banho de leite

Leite quente, toma banho de leite


Oi, acabou a água, toma banho de leite

Leite quente, toma banho de leite

Oi, acabou a água, toma banho de leite

Leite quente, toma banho de leite..."

"Você tá gostando da sua festa?" Nadine quebrou o silêncio. 

"Sim. O que eu mais gosto é ver todo mundo curtindo e tendo um bom tempo." Uma brisa fria balançou alguns fios de cabelo da inglesa e trouxe consigo um odor de maconha e do perfume francês da Nadine. 

"E você tá curtindo e tendo um bom tempo?"

"Muito. Mas uma das minhas partes preferidas tá sendo agora."

"Sério? A primeira foi dançar no palco com a Pocah?" 

"Com certeza." Cheryl riu. "De verdade, eu tô muito feliz que você tá aqui comigo." A menina abriu seu sorriso devastador.

"Eu também."

"De verdade?" 

"Claro." 

Cheryl se aproximou e plantou seus lábios nos da Nadine. 

"...E ela 'tá, 'tá movimentando

'Tá, 'tá movimentando

'Tá, 'tá, 'tá movimentando (movimentando)

E ela 'tá, 'tá movimentando

'Tá, 'tá movimentando

'Tá, 'tá, 'tá movimentando (movimentando)


No camarote dessa festa

Eu quero ver você dançar pra mim

E a faixa rosa é rosa tipo aquele gin

Vai rebolando, vai rebolando essa bunda


Nessa festa

Eu quero ver você dançar pra mim

E a faixa rosa é rosa tipo aquele gin

Vai rebolando, vai rebolando essa bunda

Todo mundo ama o Chris..."

Cheryl se afastou e desviou o olhar envergonhada. "Desculpa."

Nadine não respondeu, apenas continuou olhando para frente, em choque. 

"Eu não sei o que deu em mim. Nadine? For fo***n' sakes, Nadine, por favor, fala alguma coisa!"

"O que você quer que eu fale, Cheryl? Acho melhor a gente voltar pra sua festa."

"Vai você. Eu vou ficar aqui mais um pouco." Cheryl disse virando o rosto e tentando segurar as lágrimas. 

A inglesa era dona de feições tão pueris que faziam até uma órfã pedir desculpas à Cheryl por ela ter assassinado seus pais. 

"Não vou te deixar aqui sozinha." 

"Mas eu quero ficar sozinha. Pode ir. Daqui a pouco, eu desço também."

Nadine respirou fundo. 

"Cheryl, você tá frágil por causa do término com o Tom e tá buscando conforto. Não precisa ficar tímida ou se sentir rejeitada por causa disso."

Lágrimas caíram dos olhos da aniversariante. Nadine lembrou quando disseram que a inglesa chorava diamantes e a elegeram como a menina que chorava mais bonito. Idiotamente aquilo era bem verdade. A vida de Nadine seria tão mais fácil se tivesse a aparência perfeita da amiga. Às vezes ela sentia inveja. 

"Para de chorar, por favor." Nadine implorou. 

Cheryl tentou inutilmente secar o rosto com a mão. 

Nadine substituiu a mão da menina pela sua. 

Cheryl olhou atentamente para a amiga enquanto ela passava cuidadosamente a mão pelo seu rosto para enxugar suas lágrimas. 

Os dedos da Nadine traçaram o rosto perfeito da outra menina. Tudo nela era delicado e na medida certa, nada ali era grosseiro ou desproporcional. 

Nadine não soube dizer se por culpa do álcool que percorria sua corrente sanguínea ou pela maconha de Vincent, mas ela segurou o rosto da Geordie com as duas mãos e a beijou. 

"Doze mola diferente, doze litro transparente

Doze mil pra gastar à toa com doze p*ta no pente

Doze garrafa de uísque e doze bala, doze doce

Doze-doze-doze-doze piranha jogando

Piran-piranha jogando

É o baile (baile baile baile) do Cinga do 12


Doze mola diferente, doze litro transparente

Doze mil pra gastar à toa com doze p*ta no pente

Doze garrafa de uísque e doze bala, doze doce

Doze piranha jogando

É o baile do Cinga do 12 (12, 12, 12, 12)

Baile do cinga do 12..."

Os lábios da Nadine eram macios contra os seus. Cheryl enterrou a mão no cabelo loiro da amiga e chupou seu lábio inferior. Fazia tempo que a inglesa não sentia um friozinho na barriga tão grande. Cheryl se afastou e passou o seu nariz pelo dela, sentindo-se embriagada com o doce cheiro da amiga. Quando abriu os olhos percebeu o olhar da Nadine indo direto para sua boca. Cheryl colou seus lábios nos dela novamente e abriu a boca para receber a língua da amiga. 

Cheryl puxou o cabelo da outra menina ao sentir a língua dela na sua. A mão da Nadine estava na nuca da inglesa puxando ela contra si, enquanto explorava sua boca com maestria. 

"Eu tô saindo fora (tô saindo fora)

Você é bipolar demais

Me xinga toda hora (me xinga toda hora)

Depois quer vir sentar pro pai


Vai se tratar, garota, sai da minha bota

Rasgou minhas roupas, queimou o 12 mola

Eu tava de boa, cheia de história

Agora chora, chora, chora


Vai se tratar, garota, sai da minha bota

Rasgou minhas roupa, queimou o 12 mola

E eu tava de boa, cheia de história

Agora chora, chora, chora..."

Nadine sentiu Cheryl beijá-la com mais necessidade. Sempre que dava uma pequena afastada para respirar, trocar de lado, ou simplesmente para olhar o rosto da amiga que emanava puro desejo, Cheryl rapidamente capturava seus lábios novamente, como um leão faminto atacando sua presa. Nadine sentiu a mão da outra menina traçar seu pescoço, passando pelo seu colo e voltando para seu cabelo, com seu toque suave e macio. O gosto da boca e da língua da britânica eram viciantes e ela se viu perdida nos prazeres e sensações que a boca da Cheryl proporcionavam. 

"... Espirra o lança

Cachorrada vai rolar

Espirra o lança

Quem tá a fim de transar?

Como é que nóis tava, pai?

Chapadin'

Eu tô chapadin'


Espirra o lança

Quem tá a fim de transar? (E aê, Serpinha)

Espirra o lança

Cachorrada vai rolar


Esse é o DJ Serpinha, o moleque é boladão

(O moleque é boladão...)

A p**aria tá presente

E o nome dela é DJ Serpinha

Tá ligado (tá ligado)... "

O beijo ameaçou chegar ao fim várias vezes, mas sempre uma retomava, forçando a língua na boca da outra e percorrendo caminhos com a boca pelo rosto da outra. Mas tudo que é bom na vida chega ao fim e com aquele beijo não foi diferente. As duas meninas respiraram ofegantes com os rostos ainda há poucos milímetros de distância. O rosto da inglesa, em especial, estava muito sensual naquele momento, com os lábios inchados e os olhos assumindo uma coloração quase preta. A britânica passou a língua em cima da boca da outra menina e um sorriso sapeca brotou em seus lábios, fazendo seu rosto assumir uma forma quase inocente. 

"Podemos voltar agora." Cheryl piscou um olho. 

"Agora você aceita voltar, né? Só precisamos definir algumas coisas primeiro." Nadine roubou mais um selinho, ganhando um sorriso ainda maior da britânica. 

"Se nunca mais falarmos sobre isso, então nada aconteceu. Concorda?" Cheryl propôs. 

O que Cheryl estava oferecendo era perfeito e não tinha como se opor. 

"Combinado."

Cheryl ajudou Nadine a se levantar, depois calçaram seus sapatos e voltaram para a festa.


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