sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Meses de abstinência

Tom e Cheryl estavam no sofá da casa do professor de francês se beijando. Quando os lábios se partiram, Cheryl olhou para baixo pensativa, e depois ergueu o olhar para o namorado.

"Eu quero terminar." Cheryl falou com os olhos tristes.

"Você não tá mais se sentindo à vontade comigo?" O professor perguntou preocupado.

"Eu não sou uma boa pessoa pra namorar. Eu tô te deixando em abstinência há quanto tempo? Seis, sete, oito meses? Não é justo com você."

"E quem disse que eu tô incomodado?" Tom alisou o cabelo da menina e a olhou com ternura.

"Eu sei que tá. Eu não quero mais fazer você esperar. Se considere um homem livre."

"Eu não quero ser livre."

"Por favor, Tom. Eu vou me sentir melhor." Cheryl enxugou uma lágrima. 

"Meu amor, eu prefiro uma vida inteira com você sem sexo, do que fazer sexo a cada hora com mulheres que não são você. Sexo não é a coisa mais importante pra mim." Ele segurou seu queixo. "Você é." Ele deu um selinho. "Eu sei que já dei a entender o contrário, mas eu mudei. Você me mudou." Tom falou amorosamente. 

"Eu sinto que você tem sacrificado tanta coisa por mim." A Geordie argumentou ainda com lágrimas nos olhos. 

"Não é nenhum grande sacrifício, eu te garanto. Sacrifício é eu ficar sem você. Você não vai fazer isso comigo, vai?" Tom abriu seu sorriso charmoso, fazendo a menina se derreter. 

Cheryl negou com a cabeça, não conseguindo falar pelo choro preso na garganta. 

"Eu te amo, sua boba." Tom beijou sua cabeça e a abraçou. 

Cheryl se sentia mal porque sabia que o professor de francês era um cara extremamente sexual, chegando até fazer terapia para conter seu vício em sexo. Ela não queria privá-lo de algo que sabia que era importante pra ele, por mais que tentasse fingir que não. Ouvir os votos de amor do professor, deu a confiança que precisava para tentar de novo, pois imaginava que a chave para seu bloqueio era se sentir amada e segura, exatamente como naquele momento. 

A Geordie se desfez do abraço para olhá-lo. 

"Eu quero tentar."

"Meu amor, você não precisa se sentir pressionada a tentar. Você tem que respeitar o seu tempo."

"Eu sei. Eu não me sinto pressio-nada. Eu quero."

"Tem certeza?" 

Cheryl assentiu. "Tenho." Ela o beijou. 

O beijo era terno e apaixonado. Tom tomava cuidado em onde estava tocando, não querendo assustá-la ou acionar, involuntariamente, um de seus gatilhos. Ele primeiro deixou a mão atrás da cabeça dela, desceu para nuca, e depois, arriscou apoiar na parte média da coxa. 

Cheryl se afastou, e por um segundo, Tom achou que a menina iria desistir, porém ela tirou a própria camisa e depois seu sutiã. 

Tom sentiu o nervosismo da namorada. Ele mesmo também estava muito nervoso. Qualquer movimento errado poderia gerar um ataque de pânico, como das outras vezes. Apesar de nenhuma daquelas vezes, ela ter ido tão longe a ponto de ficar com os seios à mostra. 

Tom reprimiu a vontade de tocá-los e esperou que a Geordie ditasse qual seria o próximo movimento. 

A britânica estendeu suas mãos para tocar seu rosto, tentando absorver cada detalhe da sua fisionomia. O professor percebeu que ela estava tremendo. 

Ela tocou sua covinha do queixo com o polegar e o beijou novamente. 

"You're nervous." Cheryl falou entre beijos. 

"Você também." Tom retrucou. 

"Ha!" Ela brincou, tentando tirar a tensão dos dois. 

A inglesa pegou a mão de Tom e abriu sua palma, passando os dedos por ela, depois colocou a mão dele no seio e apertou, fitando os olhos do namorado. 

O professor de francês percebeu a respiração pesada da menina, enquanto ela intensificava o aperto da mão dele sobre o seu peito. Ela estava sexy, e ele sem sexo há muitos meses, uma péssima combinação. Mas o professor fez de tudo para não perder o controle e ficou impressionado em como estava conseguindo ignorar seus instintos biológicos. 

A britânica tornou a beijá-lo. 

As costas da menina encostaram no sofá e Tom ficou por cima, ainda massageando seu peito, agora, sem a interferência da mão dela. 

Tom quebrou o beijo para traçar uma trilha de beijos pelo seu rosto, pescoço, colo, até chegar nos seus seios. Ele levantou a cabeça para olhar para a Geordie. 

"Posso?" 

Cheryl assentiu. 

Ele abaixou e colocou o máximo que dava do peito dela para dentro da boca e chupou bem devagar. O corpo da Geordie estremeceu no primeiro contato. Ela arqueou as costas e tocou sua cabeça de leve. 

Tom continuou seus movimentos de olhos fechados, se perdendo em finalmente ter uma parte dela de volta. 

"I can't. I'm sorry." Cheryl tentou se levantar. Seu rosto estava todo suado e suas mãos geladas e trêmulas. 

"Tudo bem." Tom saiu de cima da menina, assustado. 

"I'm sorry." Cheryl balançou a cabeça chorando. "I'm sorry."

"Por que você tá se desculpando? Não tem nada pra se desculpar." Tom passou a mão pelo rosto da inglesa para secar seu suor. 

"I thought I could do it. I don't know what's wrong with us." Cheryl falou soluçando

"Não tem nada de errado com você, meu amor. Isso é normal depois do que você passou." 

"But I thought that because I love you and because I trust you I could put it behind us and do it. But I can't. I will never be able to be intimate with someone again. I'll forever be haunted by what happened." 

"Mas amor, você viu até onde a gente foi hoje? Foi um baita avanço comparado a outras vezes. E sua reação foi bem mais branda também. Hoje foi uma conquista e você foi ótima. Consegue ver isso?" Tom segurou sua mão e deu um beijo. 

"Se a gente continuar nesse ritmo, talvez a gente chegue à third base antes do Príncipe George ser coroado rei." A menina falou sarcástica. 

"É um prazo bem razoável." Tom brincou. 

"Eu não te mereço." Cheryl falou triste. 

"Eu penso a mesma coisa de você." Tom beijou sua mão novamente. "Vem, deita aqui comigo." Tom deitou no sofá e acomodou a menina nos seus braços. "Te amo." O professor beijou sua cabeça. 

"Também te amo." A britânica respondeu triste. 

Os dois acabaram dormindo. Já era tarde quando Tom viu o horário. Ele segurou a menina com cuidado e a levou para a cama. 

Depois pegou uma camisa sua e foi colocar nela. 

"Você vem dormir também?" Cheryl falou sonolenta, enquanto o professor passava o braço da menina pela manga da camisa. 

"Vou. Só vou guardar as panelas que ficaram em cima do fogão na geladeira e já volto." Tom terminou de colocar a camisa na inglesa e deu um selinho nela. 

Cheryl assentiu e deitou a cabeça no travesseiro. 

Tom foi para a sala, sentou no sofá e começou a chorar. Era horrível ver o que as ações daquele criminoso causaram na britânica. Ela sempre teve uma visão e uma relação super saudável do próprio corpo e ao sexo, e agora, se assustava com simples toques. Ele queria matar aquele covarde criminoso.

Cheryl se aproximou e abraçou Tom, em silêncio. O professor segurou seu braço e continuou chorando. 

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